NUTRIÇÃO E ESPORTES DE COMBATE
Gilberto Mano – Nutricionista Esportivo
3/7/202530 min read


Arte Marcial faz parte da grande herança cultural e sua técnica tem exercido fascínio sobre pessoas de todo o mundo. Há uma grande variedade de artes marciais com características específicas. Cada modalidade possui sua origem e história, agrega uma institucionalização baseada em regras que foram assimiladas e transmitidas entre gerações em diferentes ambientes (15).
No oriente, faz parte do quadro curricular na rede de ensino, complementando a educação como um todo, tamanho o valor cultural (21).
Atualmente a prática das artes marciais tem recebido características desportivas, enfatizando o aspecto competitivo. Sua busca tem sido associada a vários objetivos como: esporte de combate profissional, saúde e bem-estar, estética corporal, conhecimento dos princípios da arte e defesa pessoal.
Por possuir várias técnicas e habilidades motoras, diferenciadas por sequência de movimentos e consciência corporal, torna sua aprendizagem bastante complexa, envolvendo controle emocional e perseverança.
A capacidade de alocar atenção é essencial para esses esportes. Atletas com melhores índices de sucesso também possuem melhores habilidades psicológicas. Essa característica, durante a prática do esporte, competição ou qualquer situação em que o atleta seja submetido a cargas estressantes, permite alcançar melhores resultados, minimizando ou neutralizando a condição perigosa, ou seja, controlando o estresse (21).
ARTES MARCIAIS COMO ESPORTE
Artes marciais fazem parte das práticas definidas juridicamente como esporte, aprovada na reunião do Conselho Nacional de Esporte, de 11 de outubro de 2011. As artes marciais como esporte de combate abrangem as modalidades que envolvem dois atletas disputando entre si a vitória de uma luta, sendo ela determinada por pontos, perda dos sentidos, desistência ou desclassificação (34).
Os esportes de combate hoje são regrados de forma a permitir a inclusão nas Olimpíadas. Atualmente são esportes de combate olímpicos: Boxe, esgrima, judô, caratê, luta livre e taekwondo. Representam cerca de 25% de todas as medalhas em jogos olímpicos e abrangem uma grande variedade de modalidades de esportes de contato em que dois oponentes de características físicas semelhantes se enfrentam com o objetivo de incapacitar o adversário ou marcar mais pontos que o adversário (9).
Para o Brasil, os esportes de combate trouxeram em toda a história dos jogos olímpicos, cerca de 22% do total das medalhas conquistadas por atletas brasileiros (ouro, prata e bronze), destacando-se o judô como maior conquistador de resultados.
Entre inúmeras artes marciais realizadas em todo o mundo, as mais praticadas no Brasil são:
Jiu-jitsu
Arte marcial japonesa criada na guerra como forma de deter seu oponente mesmo não portando nenhuma arma em mãos. Sua técnica combina golpes de alavancas, torções e pressões para derrubar o inimigo.
Muay Thai
Essa arte marcial é originária da Tailândia. É um esporte de combate de “trocação” e destaca-se por usar golpes de chutes, socos, joelhadas e cotoveladas.
Kung Fu
Originária da China com nome de wushu, essa arte marcial imita movimentos de animais ferozes, desenvolvida pela necessidade de lutar contra os mesmos como forma de sobrevivência. Há diferentes modalidades dentro do Kung Fu, e a que mais toma proporção é a praticada como forma de manter a estrutura do corpo físico ajudando no equilíbrio do corpo e da mente.
Caratê
Arte marcial japonesa cujo nome significa mãos vazias, pelo fato do praticante usar armas naturais, ou seja, seu próprio corpo. Essa arte é mais defensiva, permitindo aos seus adeptos desenvolver seus reflexos, coordenação, velocidade e a força.
Capoeira
Arte marcial que nasceu em solo brasileiro e seus primeiros praticantes foram os escravos. Essa arte é uma mistura de cultura, dança e luta possuindo três estilos passíveis de serem seguidos: o mais antigo e tradicional “capoeira angola” tem ritmo musical lento e seus golpes são baixos; outro estilo é o regional com movimentos rápidos ao som do berimbau; e o último é o contemporâneo que une os dois estilos anteriores e é o mais usado atualmente.
Judô
Essa arte foi desenvolvida por um japonês que uniu técnicas do jiu-jitsu com outras artes ocidentais resultando numa arte de luta corporal sem uso de qualquer tipo de arma. O judô é conhecido como um esporte salutar, praticado em tatame e que muitas vezes leva a uma luta que se encerra no chão. Por mais que não seja considerada violenta, possui técnicas muitas vezes utilizadas por competidores de MMA.
Taekwondo
Taekwondo é uma arte marcial coreana que significa “caminho dos pés e mãos através da mente”, exigindo disciplina e autocontrole dos participantes. Destaca-se por usar chutes, socos e golpes, realizados por meio das técnicas de ataque e defesa.
Boxe
Criado no Ocidente é um esporte que seus lutadores usam somente os punhos (tanto para defesa quanto para ataque). Hoje em dia essa arte é mais praticada como um condicionamento físico do que propriamente como esporte. Esportistas de outras modalidades de artes marciais a tomam como forma de treinamento.
MMA
O Mixed Martial Arts (MMA), ou Mistura de Artes Marciais no português, tem crescido de modo muito intenso desde a década de 90, especialmente após estreia do evento denominado Ultimate Fighting Championship (3). Possui como característica marcante a uso de técnicas das mais variadas modalidades de artes marciais. Nesse esporte é permitido golpes de combate tanto em pé quanto no chão e mesmo que seja um misto de outras artes não é um esporte de vale tudo possuindo regras que se não cumpridas são capazes de desclassificar o competidor.
Tecnicamente, ele combina diferentes esportes de combate, a saber: boxe, kickboxing, muay thai, luta olímpica, judô e Brazilian jiu-jitsu (BJJ) e, em geral, suas lutas são compostas por três a cinco rounds, que duram cinco minutos com intervalos de um minuto (4), e tem característica intermitente (5).
PLANILHA DE TREINAMENTO PARA ATLETAS DE MMA
Como o MMA é a mistura de várias artes marciais, muitos atletas precisam ter uma periodização de treinos adequado para conseguir treinar e manter a performance.
O número de treinos de lutadores de MMA pode variar (geralmente de dois a três treinos por dia), alternando treinos específicos de MMA, de musculação, de condicionamento físico, treinos técnicos de “trocação” (boxe, muay thai, kickboxing, taekwondo, caratê, etc.) e treinos técnicos no chão ou quedas (judô, jiu-jitsu, luta olímpica, etc.).
Os esportes de combate se assemelham a modalidades esportivas de dinâmica intermitente, nas quais rajadas curtas de ações de intensidade máxima são intercaladas com ações de intensidade mais baixa (17). Por exemplo, no judô, esforços de alta intensidade com duração de quinze a trinta segundos são intercalados com pausas de cinco a dez segundos (9). Portanto, as modalidades de combate requerem uma contribuição substancial do metabolismo de energia oxidativa (33) e do metabolismo não oxidativo (glicólise e sistema de fosfagênio de alta energia) durante episódios de ações de alta intensidade (53).
O tempo de recuperação de um treino a outro é extremamente curto, sendo fundamental uma periodização detalhada junto ao descanso e a dieta do atleta.
Exemplo de uma planilha semanal de um atleta de MMA:
NÍVEIS DE EXPERIÊNCIA E FAIXAS
Existem formas para se determinar o nível de experiência e habilidades dos praticantes. Em algumas modalidades como judô, jiu-jitsu, taekwondo, caratê, kickboxing são utilizadas faixas amarradas à cintura, que significam uma determinada hierarquia pela sequência de cores (ou o cordão utilizado na capoeira). Mas esse aspecto pode variar com as cores do uniforme, como ocorre no taekwondo e aikidô, e também outros adereços como o kruang (um tipo de braçadeira) usados por praticantes de muay thai. Em outras artes marciais, os agrupamentos são feitos de acordo com o número de combates e conquistas realizadas, a partir de torneios e campeonatos para iniciantes, amadores e profissionais, como ocorre no boxe e muay thai.
As faixas, adereços e uniformes marcados pela experiência e conhecimentos recebem certificações determinadas por instituições ligadas ao esporte: federações, confederações e organizações esportivas de maior abrangência. Isso também ocorre com os diplomas, uma forma simples de o praticante compreender suas responsabilidades diante de suas possibilidades e limites de seus atos, dentro e fora dos ambientes de prática.
SUPLEMENTAÇÃO PARA LUTADORES
Educar os atletas e treinadores sobre a nutrição e como estruturar a sua dieta para otimizar o desempenho e recuperação são as principais áreas de envolvimento para nutricionistas (23).
A intensidade e a quantidade de treinos dos atletas lutadores são altos, fazendo com que o tempo de recuperação do atleta seja limitado, sendo indispensável o nutricionista esportivo avaliar a situação para adequar o plano alimentar para ajudar na performance, alguns suplementos são utilizados para ajudar o atleta a manter sua performance elevada.
O desempenho pode ser melhorado pela manipulação dietética e suplementação apropriada. A necessidade primária para a dieta de atletas em treinamento é atender às necessidades adicionais de nutrientes impostas pela carga de treinamento.
Proteínas
Muitos atletas consideram que uma dieta rica em proteínas é essencial para estimular o crescimento muscular e promover o reparo, mas os atletas que comem uma dieta variada em quantidade suficiente para atender às suas demandas de energia obterão proteína adequada, que gira em torno de 1,5g à 2,5g/kg/dia. Dependendo do caso, quando o atleta não tem tempo para comer pela demanda dos treinos, a suplementação com proteínas podem ser uma boa estratégia, como Whey Protein, albumina, etc.
Carboidrato
O carboidrato é o principal combustível usado pelo músculo em exercícios intensos, e a ingestão de carboidrato deve ser suficiente para permitir que a carga de treinamento seja sustentada. Durante cada sessão de treinamento extenuante, ocorre o esgotamento das reservas de glicogênio nos músculos em exercício e no fígado. Se esta reserva de carboidratos não for reposta antes da próxima sessão de treinamento, a intensidade do treinamento deve ser reduzida, levando a diminuições correspondentes na resposta do treinamento.
O consumo de uma dieta rica em carboidratos, junto com adequada ingestão de sódio e água pode aumentar o conteúdo de glicogênio muscular e é geralmente conhecido por ser eficaz no aumento do desempenho de resistência. Um alto conteúdo de glicogênio muscular é fundamental para que o lutador consiga ter energia em todos os rounds.
Bochecho de Carboidrato
O bochecho de carboidrato também pode ser uma ótima estratégia para esses treinos intensos. Benefícios para o desempenho foram encontrados ao expor ao bochecho com carboidratos, ativando regiões ou respostas no sistema nervoso central que podem aumentar a atividade corticomotora e/ou reduzir a percepção de esforço (Burke & Maughan, 2015).
Importante ressaltar que, durante a competição, no intervalo entre um round e outro, é permitido apenas a hidratação com água, diferente de um esporte igual futebol ou tênis que nos intervalos você pode ter ingestão de alimentos ou bebidas com calorias. Então toda estratégia alimentar deve ser feita para que na luta não seja necessário utilizar nenhum tipo de alimentos ou bebidas que não seja água.
Vitaminas e Minerais
Para lutadores que passam por restrições calóricas, é importante analisar se há alguma carência de vitaminas e/ou minerais para não afetar processos metabólicos e neurológicos.
Alguns minerais como zinco e magnésio são pedidos pelo suor, pela quantidade de treinos diários, é necessário sempre analisar a carências das vitaminas e minerais para que não ocorra queda da performance.
Aos atletas que sempre treinam em ambientes fechados e não tem muita exposição ao sol durante o dia, importante analisar como está a quantidade de Vitamina D. Podendo ser utilizado como forma de suplementação, lembrando que por ser uma vitamina lipossolúvel, é necessário que a suplementação seja feita perto de refeições que contenham gordura.
Hidratação
No período de treinos, manter a hidratação principalmente exercícios vigorosos de alta intensidade, as recomendações são consumir líquidos e um lanche contendo sódio pelo menos quatro horas antes. Durante o exercício, os indivíduos podem estar ingerindo de 200 a 800 ml/hora de líquido, contendo de 20 a 30 meq/l de sódio e também com carboidratos, as bebidas com carboidratos e eletrólitos são a forma mais eficaz de conseguir isso. Tomar cuidado com a ingestão excessiva de líquidos sem sódio, pois, pode ocorrer uma hiponatremia (baixa quantidade de sódio no sangue) induzida por exercício. O peso perdido pela desidratação do treino pode ser recuperado após o exercício para restaurar a hidratação.
Beta Alanina
Um aminoácido não essencial que tem potencial ergogênico com base no seu papel na síntese de carnosina, essa carga de carnosina pode melhorar o desempenho de exercício de alta intensidade, diminuindo a fadiga pela sua ação tamponante (23). Sendo mais eficaz para tarefas de exercícios que dependem fortemente da síntese de ATP a partir da glicólise anaeróbica, como lutadores geralmente possuem grandes volumes de treinos de alta intensidade, a suplementação de beta alanina trarão benefícios, quatro semanas de suplementação de beta-alanina (4–6 g por dia) aumenta significativamente as concentrações de carnosina muscular, agindo assim como um tampão de pH intracelular, salientando que a suplementação de beta-alanina não é considerada doping, podendo ser utilizada pelos atletas.
O único efeito colateral relatado é a parestesia (formigamento), mas os estudos indicam que isso pode ser atenuado usando doses menores divididas (1,6 g) ou usando uma fórmula de liberação sustentada em cápsulas gastro-resistentes.
Bicarbonato de sódio
A suplementação de bicarbonato de sódio tem sido demonstrada ser uma forma eficaz para atletas de luta que possuem uma periodização de treinos elevada.
A intensidade dos treinos utiliza-se muito a via glicolítica anaeróbica, os subprodutos da glicólise anaeróbica, nomeadamente H +, têm efeitos prejudiciais no desempenho atlético; portanto, a redução ou neutralização desses subprodutos pode melhorar o desempenho e o tempo de exaustão (28). Um indicador do metabolismo glicolítico é a concentração de lactato sanguíneo (LB). Além disso, é relatado que quando o acúmulo de H + excede a formação de lactato, o desempenho pode ser prejudicado pela inibição de enzimas-chave da via glicolítica e impedindo a ressíntese de PCr da via ATP-CP (28).
Assim, manter um equilíbrio ácido-base é um desafio, quando uma grande quantidade de íons H + é produzida pela via de energia anaeróbia. A maioria dos íons H + induzidos por exercício são imediatamente transportados para fora das miofibras e tamponados por tampões circulantes, ou seja, o bicarbonato (49). O bicarbonato de sódio (NaHCO3) é um tampão extracelular essencial que neutraliza os íons H + para manter os níveis de pH do sangue (49).
Um estudo recente mostrou que a ingestão de NaHCO3 antes de uma atividade de alta intensidade, aumentou a contribuição do metabolismo glicolítico e melhorou o desempenho durante o treino de Taekwondo (30), reduzindo a acidose induzida pelo exercício e retardando a fadiga (39, 40).
No entanto, é importante destacar que uma queixa comum da suplementação de bicarbonato de sódio é desconforto gastrointestinal. Portanto, os atletas devem experimentar antes da competição, nunca testando qualquer tipo de suplementação durante a competição.
Creatina
A creatina é uma das ajudas ergogênicas nutricionais mais populares para atletas. Estudos têm mostrado consistentemente que a suplementação de creatina aumenta as concentrações intramusculares de creatina, o que pode ajudar a explicar as melhorias observadas no desempenho de exercícios de alta intensidade, levando a maiores adaptações ao treinamento (29). Além disso, estudos fornecem um grande corpo de evidências de que a creatina pode não apenas melhorar o desempenho do exercício, mas pode desempenhar um papel na prevenção e / ou redução da gravidade das lesões, melhorando a reabilitação de lesões e ajudando os atletas a tolerar cargas de treinamento pesadas. Esses estudos mostram que a suplementação de curto e longo prazo (até 30 g / dia por 5 anos) é segura e bem tolerada em indivíduos saudáveis e em várias populações de pacientes, desde bebês até idosos. Além disso, benefícios de saúde significativos podem ser fornecidos garantindo a baixa ingestão de creatina na dieta habitual (por exemplo, 3 g / dia) ao longo da vida (29).
Vale ressaltar que um dos efeitos da suplementação da creatina é um aumento de peso, por isso, dependendo do peso do atleta e a categoria que for lutar, é necessário analisar se a creatina pode ser uma boa estratégia para não influenciar negativamente a perda de peso.
Omega3
As aplicações da suplementação de Omega3 para desempenho esportivo são relevantes para atletas lutadores, com recomendações adaptadas às metas de desempenho específicas do atleta. A suplementação de Omega3 melhora a adaptação muscular, metabolismo energético, recuperação muscular e prevenção de lesões. Foi proposta como uma ajuda ergogênica para atletas, por exercer propriedades antiinflamatórias e agir para alterar a capacidade funcional da célula muscular, modificando a fluidez de proteínas e lipídios dentro da membrana celular (54). Essas descobertas têm aplicações para atletas para melhorar a capacidade de resistência, reduzindo o custo de oxigênio do exercício. Além disso, vários estudos relatam um benefício da suplementação de Omega3 na promoção da recuperação de exercícios que danificam os músculos excêntricos (54).
Curcumina
A cúrcuma é uma especiaria que tem recebido muito interesse tanto do mundo científico quanto da culinária. As propriedades medicinais da cúrcuma, a fonte da curcumina, são conhecidas há milhares de anos. Foi demonstrado que a curcumina beneficia as condições inflamatórias (1), a síndrome metabólica (42) e a dor (31). Embora pareça haver inúmeros benefícios terapêuticos para a suplementação de curcumina, a maioria desses benefícios é devido aos seus efeitos antioxidantes e anti-inflamatório (21).
Apesar de seus benefícios relatados, um dos principais problemas com a ingestão de curcumina por si só é sua baixa biodisponibilidade (2), que parece ser principalmente devido à má absorção, metabolismo rápido e eliminação rápida. Vários agentes foram testados para melhorar a biodisponibilidade da curcumina, abordando esses vários mecanismos, por exemplo, piperina, um conhecido potenciador da biodisponibilidade, é o principal componente ativo da pimenta-do-reino (22) e está associada a um aumento de 2.000% na biodisponibilidade da curcumina (52). Portanto, a questão da baixa biodisponibilidade parece ser resolvida pela adição de agentes como a piperina que aumentam a biodisponibilidade, criando assim um complexo de curcumina.
Cafeína
A cafeína utilizada como suplemento tem demonstrado melhorar o desempenho físico e cognitivo em diversas modalidades esportivas devido aos seus efeitos no sistema nervoso central (33). Associadas ao aumento da atividade glicolítica durante combates reais ou simulados, pode ter um efeito ergogênico em praticantes de esportes de combate e, assim, melhorar os indicadores de desempenho, como força de preensão manual e força, potência e resistência muscular dos braços.
A cafeína afeta o sistema nervoso central por meio da ação nos receptores de adenosina, reduzindo a fadiga e diminuindo a taxa de esforço percebido (4). Foi demonstrado que a suplementação aguda de cafeína (5 mg / kg de PC) em mulheres jovens de caratecas levou a uma redução da taxa de esforço percebido e da percepção da dor durante 60% do leg press de 1RM (3). Da mesma forma, a ingestão de cafeína melhorou o tempo de reação e atrasou a fadiga durante os sucessivos combates de Taekwondo (50). Além disso, a cafeína poderia aumentar a contribuição glicolítica para o metabolismo energético durante esportes de combate simulados e reais (33); este aumento no tempo de combate e no metabolismo energético pode levar a uma maior liberação de catecolaminas (11).
Vale ressaltar que nem sempre a cafeína pode ser uma boa estratégia. Deve-se analisar inclusive o horário que o atleta treinará (para que não afete seu sono, limitando seu tempo de descanso). Doses de cafeína acima de 9 mg/kg podem resultar em níveis de cafeína urinário que ultrapassam o limite de doping para algumas organizações desportivas (23), sendo sempre necessário analisar com cautela essa quantidade.
Além disso, muitos atletas podem não tolerar bem a ingestão de cafeína, por serem metabolizadores lentos. Com isso, teria um elevado aumento na excitação fisiológica, ativando o sistema nervoso simpático, aumentando a frequência cardíaca, pressão arterial e o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal aumentando o cortisol, reduzindo a performance ao invés de melhorar (20).
Uma sugestão seria combinação da cafeína junto com a L-teanina. A teanina possui seus efeitos positivos no desempenho cognitivo, devido à estrutura química da L-teanina semelhante ao glutamato, ela pode atuar como um neurotransmissor relacionado à memória. Em um estudo feito em ratos, descobriu-se que a L-teanina modulava os níveis de serotonina e dopamina e aumentava as habilidades de aprendizado com a memória (54). Além disso, afirma-se que a L-teanina apoia o sistema nervoso central que auxilia no desenvolvimento das funções cerebrais (54).
Outras substâncias para melhorar a concentração também podem ser ótimas opções como: Alpha GPC, Citocolina, Bacopa Monieri, Rhodiola Rosea, etc.
CATEGORIAS DE PESO
Nos esportes de combate olímpicos de judô, boxe, luta livre, taekwondo e caratê, os competidores são separados em categorias de peso na tentativa de criar um "campo de jogo uniforme", reduzindo o tamanho das diferenças entre os oponentes na competição, os atletas têm o peso verificado em uma “pesagem oficial” para garantir que atendam aos requisitos da categoria de sua divisão competitiva. O intervalo de tempo entre a pesagem e a competição difere entre os esportes; entretanto, um período (de recuperação) de pelo menos 3 e até 24 horas existe entre os esportes de combate olímpicos.
PERDA RÁPIDA DE PESO
A maioria dos lutadores tentam tirar vantagem deste cenário usando estratégias de perda rápida de peso (PRP) nas horas e dias antes da pesagem para se qualificar para uma divisão inferior ao seu peso diário. Em seguida, tenta reverter os distúrbios fisiológicos que acompanham a perda rápida de peso durante o período de recuperação (19). Na verdade, se as táticas de PRP forem implementadas de forma sensata, as oportunidades de recuperação são adequadas e os regulamentos da competição não proíbem a prática, pode ser visto como uma forma pragmática de otimizar a competitividade. Muitos atletas que se engajam na PRP relatam sentimentos aumentados de autoconfiança, visto como um sentimento fundamental do esporte de combate (43).
No entanto, na ausência de cuidados ou na perda de peso excessiva, a PRP pode prejudicar o desempenho (18). Além disso, podem surgir consequências graves para a saúde, incluindo a morte, que ocorreu em 1997, quando três lutadores sucumbiram a uma parada cardiorrespiratória após práticas extremas de perda aguda de peso (10)
Os lutadores geralmente perdem mais de 5% de peso corporal na semana anterior à pesagem (19). Os planos de perda de peso dos atletas devem ser desenvolvidos através das características específicas de seu esporte e práticas que são toleradas individualmente. O plano deve incluir o tempo e o tipo de práticas de perda rápida de peso e as estratégias necessárias para reverter os distúrbios fisiológicos e otimizar a prontidão para a competição após a pesagem.
A tabela apresenta os métodos mais utilizados de PRP e seus benefícios e desvantagens.
Para atingir uma perda de peso individualmente aceitável com efeito mínimo sobre a diminuição do desempenho, uma variedade de técnicas destinadas a esvaziar o trato gastrointestinal e reduzir a água corporal devem ser combinadas (45). A adoção de uma dieta pobre em fibras por 24 a 96 horas com peso mínimo de alimentos nas horas antes da pesagem será eficaz na redução do peso do conteúdo intestinal, enquanto permite o consumo contínuo de energia adequada e macronutrientes que levam à pesagem, portanto auxiliando no desempenho. Uma redução temporária na ingestão de água pode ser auxiliada pela diminuição da ingestão de sódio (24) e pela depleção dos estoques de glicogênio muscular (51). Perdas adicionais de fluidos podem ser encorajadas utilizando técnicas de sudorese passiva e ativa, reconhecendo que embora a desidratação cause prejuízo no desempenho (18), um período de recuperação de no mínimo doze horas deve permitir a restauração adequada das perdas, bem como obter combustível para a competição.
Vale ressaltar para quando os períodos de recuperação forem mais curtos como no jiu-jitsu (pesagem realizada no dia da competição ou até na hora da luta) associados a alguns esportes de combate ou à necessidade de pesagem múltipla exigirão uma abordagem mais conservadora.
Geralmente, as vantagens competitivas em esportes de combate são obtidas a partir de características como tamanho e força, relação potência/peso, alavancagem e alcance. As diferenças entre os esportes ditam alguma especificidade dentro e entre os grupos de lutadores e, portanto, a individualidade nas manipulações de massa corporal desejadas a curto e longo prazo serão agora consideradas. Essas diferenças irão desempenhar um papel na determinação do gerenciamento físico de longo prazo e estratégias de nutrição do dia a dia do atleta, por sua vez influenciando as decisões relativas da perda de peso e ganho de peso após a pesagem. Essa recuperação reflete não apenas a restauração do estado nutricional e de hidratação para a competição, mas também na performance do atleta.
Possuir maior peso durante a competição do que um oponente pode beneficiar os atletas em vários graus nos esportes de combate. Uma simples apreciação das diferenças técnicas entre os esportes de luta e “trocação” inclui a consideração de que o judô e a luta livre envolvem a manipulação da massa corporal de um oponente, ao passo que, no boxe e no taekwondo, os movimentos táticos e agilidade contribuem mais para uma vantagem. Assim, as diferenças práticas da massa corporal e força podem ser menos importantes em esportes de “trocação”. Portanto, além de maximizar a força e a potência em uma determinada categoria, os grapplers podem ter como objetivo ganhar uma vantagem ao utilizar PRP a se qualificar para uma divisão de peso inferior, mas, o mais importante, maximizar o re-ganho antes da competição (45). De fato, com o tempo de recuperação suficiente, os atletas podem alcançar maior massa corporal no momento da competição do que mesmo antes da perda de peso (35).
Em última análise, as estratégias de tomada de peso, incluindo a magnitude da manipulação do peso e as estratégias usadas para alcançá-la e revertê-la, envolvem a tomada de decisões em torno de um conjunto complexo de fatores. No entanto, considerações sobre os requisitos de desempenho de esportes individuais e a logística de pesagem e competição podem levar a diferenças na abordagem entre os esportes.
Na tabela mostras as considerações sobre o gerenciamento de massa corporal crônica específicas para esportes, sugerem o uso e métodos de perda aguda de peso e recomendações de nutrição pós-pesagem (46).
No caso do MMA, por ser uma mistura de várias artes marciais, a composição corporal de cada atleta vai depender da categoria de peso que ele estiver lutando, as categorias de peso geralmente aceitas no MMA são:
PÓS-PESAGEM
Embora eficazes na redução da massa corporal, as reduções na água corporal total prejudicam o desempenho de várias maneiras, de acordo com características como a magnitude, o método e a origem da perda de água. A resistência aeróbia prejudicada após a desidratação está bem documentada; entretanto, os decréscimos de força e potência (geralmente de maior relevância para esportes de combate) são menos evidentes (18). No entanto, efeitos detectáveis nas habilidades motoras, desempenho cognitivo e padrões de movimento específicos para esportes ocorrem após até 2% de perda de massa corporal (18).
Assim, em teoria, os lutadores devem ter como objetivo restaurar as perdas de fluido para cerca de ∼2% da massa corporal "pré-desidratação". Os desafios para esse objetivo incluem o tempo de recuperação disponível e a dificuldade em identificar a verdadeira magnitude da desidratação, uma vez que a dissociação entre a geral da massa corporal e o estado de hidratação pode ser significativa mudança. Oportunidades adequadas para recuperação após desidratação moderada são prováveis quando a pesagem é realizada um dia antes da competição.
No entanto, em alguns casos no boxe, os boxeadores podem estar pesando na manhã de competição. Além disso, as vitorias podem requerer repetidas pesagens matinais. Uma vez que não é aconselhável mudar repetidamente grandes volumes de líquidos, os boxeadores devem controlar cronicamente a massa corporal para evitar a necessidade de perder mais de 3% da massa corporal por desidratação para ganhar peso.
REIDRATAÇÃO
Após a pesagem, os lutadores devem consumem uma quantidade inicial de aproximadamente 600–900ml de água (∼600ml imediatamente após a pesagem se a desidratação for maior que 3% da massa corporal) com quantidades adicionais em intervalos regulares para manter o aumento do volume gástrico. Estratégias que aumentam a taxa de reidratação aumentam de importância conforme a magnitude da desidratação aumenta e a duração do período de recuperação diminui. As recomendações gerais de nutrição esportiva para reidratação sugerem que 125-150% do déficit de fluidos precisa ser consumido (atividades pós-desidratação) para compensar as perdas contínuas de urina (37,38).
As perdas de fluido pelo suor induzidas pelo exercício ocorrem perda de eletrólitos, principalmente sódio e cloreto (38), assim, a reposição desses eletrólitos é necessária para permitir a restauração da osmolaridade e do volume plasmático. O consumo de fluidos com baixo teor de sódio equivalente a 200% das perdas pelo suor não evitou um déficit de fluidos após 2 horas de perdas contínuas de urina, enquanto o consumo de 150% de uma bebida contendo 61 mmol / L de sódio suficientemente promoveu um balanço hídrico positivo (13). As concentrações de sódio no suor tipicamente podem variar de -20-80 mmol/l (19), tornando difícil a prescrição de uma concentração de sódio "ideal". No entanto, o conteúdo de sódio está relacionado à retenção de líquido; devido tanto à reposição de eletrólitos quanto aos efeitos na absorção intestinal (36).
Soluções de reidratação oral especialmente fabricadas para tratar a desidratação após diarreia / vômito normalmente contêm 50–90 mmol/L de sódio (38), que é consideravelmente mais alto do que as bebidas esportivas padrão (<30 mmol / L de sódio), por isso é importante avaliar qual grau de desidratação que está o atleta.
RESTAURAÇÃO DE GLICOGÊNIO
O envolvimento persistente em exercícios envolvendo as vias glicolíticas e oxidativas de carboidratos, juntamente com a baixa ingestão de carboidratos, diminuirá o peso corporal por meio da depleção do glicogênio muscular e da água ligada. Esportes de combate envolvem saídas persistentes de alta intensidade. Embora os estoques moderados de glicogênio sejam improváveis para limitar o desempenho, exercícios anaeróbicos com duração de ∼5 min podem ser prejudicados após a depleção de glicogênio, e melhorias de desempenho após a carga de glicogênio são observadas (44). Assim, as estratégias de recuperação pós-pesagem devem incluir carboidratos suficientes para restaurar o glicogênio hepático e muscular em vista das necessidades de combustível da competição. Portanto, se o tempo permitir e a ingestão não interferir na reidratação ou no conforto gastrointestinal, os atletas devem buscar para repor os estoques de glicogênio.
As recomendações gerais para restaurar o glicogênio variam de 5 a 7 g/kg/dia para atletas envolvidos em treinamento de volume moderado e até 7–10 g/kg/dia para saturar totalmente os estoques de glicogênio (7).
Nas olimpíadas, o boxe onde a pesagem ocorre a cada manhã de competição de um torneio e o tempo de recuperação é limitado, a supercompensação dos estoques de glicogênio não é desejável nem alcançável. Portanto, os boxeadores devem otimizar a restauração de glicogênio ao longo do tempo de recuperação disponível dentro das restrições de preservação do conforto intestinal antes da competição. As estratégias incluem a seleção de carboidratos de alto índice glicêmico (55), com o uso de fluidos ricos em carboidratos para atender simultaneamente às metas de reidratação e reduzir o desconforto intestinal frequentemente associado ao consumo de alimentos sólidos perto da competição.
A adição de proteína junto às refeições pode auxiliar no armazenamento de glicogênio quando a ingestão de carboidratos está abaixo do ideal (26). Deve-se notar que, o excesso de carboidrato pode retardar o esvaziamento gástrico, retardando a reidratação e causando desconforto gastrointestinal (16).
Com isso, a absorção intestinal de grandes quantidades de carboidratos (> 60 g / h) pode ser auxiliada pela seleção de alimentos e/ou suplementos contendo fontes de carboidratos (ou seja, glicose e frutose) para tirar proveito dos múltiplos mecanismos de transporte intestinal (27).
GERENCIANDO PROBLEMAS GASTROINTESTINAIS
A ingestão pós-pesagem deve, idealmente, recuperar o estado nutricional, evitando desconforto gastrointestinal. De fato, a reintrodução repentina de fibra alimentar retarda o esvaziamento gástrico e a absorção de nutrientes (25) e pode causar desconforto, prejudicando o desempenho competitivo de forma direta e indireta. Assim, é indicado não comer alimentos ricos em fibras em excesso após a pesagem.
NUTRIÇÃO PRÉ-COMPETIÇÃO
Embora as preferências dos atletas e a probabilidade de distúrbio gastrointestinal devam ser considerados, é indicado o consumo de opções ricas em carboidratos de fácil digestão, baixo teor de gordura, baixo teor de fibras e produção de gases antes e entre as sessões. (47). Claro, alguns lutadores preocupados com problemas gastrointestinais sentem-se incapazes de consumir alimentos ou líquidos nas horas anteriores ao evento. Outras estratégias de nutrição de competição, potencialmente benéficas, incluem a suplementação de “bochecho de carboidratos”, são conhecidos por auxiliar o desempenho durante períodos de baixa disponibilidade de carboidratos (30). Embora as competições de esportes de combate sejam geralmente mais curtas do que a maioria dos testes de desempenho com resultados positivos, elas geralmente são mais longas do que aquelas que não apresentam benefícios. Conclusões certas ainda não foram encontradas, entretanto, o bochecho de carboidrato antes da competição é uma estratégia de baixo risco, potencialmente proporcionando maior impulso em um momento em que os atletas podem evitar engolir alimentos ou líquidos (8).
NUTRIÇÃO PÓS-COMPETIÇÃO
Após a competição, o cuidado com a dieta é fundamental, principalmente que a fome do atleta irá aumentar e a vontade de comer alimentos ultra palatáveis pode elevar. É necessário refletir quais estratégias funcionaram ou não durante a competição e quais estratégias serão melhores para as competições seguintes.
Na tabela mostra um resumo das fases da competição que afetam todos os atletas de esportes de combate
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